Existem dois tipos de pessoas no mundo: As que só pensam besteira e as que só pensam e falam besteira. Todo mundo já passou por um momento que logo após proferir sua frase pensa “Puta que pariu, pra QUE eu disse isso?”. Isso ocorre mais frequentemente com free-talkers ou pessoas incapazes de manter o silêncio em geral. Qualquer pessoa que já tenha falado comigo na RL(ou no msn onde eu escrevo 300 frases por segundo, ou no facebook onde escrevo 300 palavras pra dizer minha opinião, ou até mesmo no twitter onde eu floodo a timeline constantemente, ou ainda nesse blog, onde eu começo a escrever algo e saio citando exemplos, exemplos e mais exemplos até perder a ideia inicial). Eu estava falando do quê mesmo?
Ah, eu dizia que quando começo a falar, falo sem parar. Valeu transtorno de Identidade número três pelo lembrete. Então, qualquer pessoa percebe rapidamente que não sou o cara mais calado do mundo. Aliás, falo pouco considerando o tanto de coisas que eu penso o tempo todo. Só pra vocês terem uma ideia, cada texto de 600~900 palavras eu demoro 15 minutos pra escrever(com exceção de reviews que precisa de alguma pesquisa, fotos e tal). E leve em conta que cada texto eu chego a deletar 3 paragráfos que não saem tão legais. E isso tudo gera um situação que é o fato d’eu não conseguir passar 5 minutos calado. E por causa disso sai coisas como isso aqui ó:
Em boca fechada, não entra matéria perdida no 1° semestre...
Antes de mais nada tem uma informação essencial para que vocês entendam o porque de todos os professores passarem por um momento de rage comigo: Eu não consigo manter minha atenção em uma coisa só.
É impossível. Eu não consigo jogar sem está escutando algo(música, podcast, conversa), assim como não consigo escrever sem música. E o contrário é válido também(apesar de eu conseguir me acalmar mais quando estou escutando música). Traduzindo, pra conseguir entender algo na aula eu preciso estar jogando no celular, twittando, conversando ou fazendo isso tudo junto enquanto tento pegar o ritmo de uma música imaginária com batidas dos pés ou canetas ou ainda tamborilando os dedos na carteira. Pro professor que trabalha 39h por dia e que injeta dois litros de redbull com cocaína, enquanto come a coxinha do seu zé que foi feita à, no minimo, 14 dias, eu pareço ser somente mais um desocupado cara de pau que se importa tanto com trigonometria quanto se importa com… Sei lá, trigonometria é a parada mais desinteressante que já vi nos meus parcos 17 anos…
O wikipédia caracteriza isso como transtorno do déficit de atenção com predomínio de hiperatividade e impulsividade, já o Adalberto caracterizou isso muito bem em uma conversa de Msn, como “viadagem de adolescente que quer arranjar distúrbio pra justificar as merdas que ele faz”. Escolha o conceito que mais lhe agradar…
E hoje eu não só desdenhei da aula de maneira subentendida como desdenhei abertamente dizendo pro professor novato(cuja primeira aula da vida foi hoje) dizendo que sentia indiferença. E como a cereja do asneira nesse bolo de burrice, emendei, tentando consertar, dizendo que não era pessoal, somente achei aquela “brincadeira” sem sentido.
Porque para gordice, um facepalm nunca é o bastante...
Entre na situação do cara: você sai de um estado, vai dar sua primeira aula da vida e está nervoso. Vê um cara que passa a manhã toda girando o celular pra um lado e pro outro(jogando Need for Speed e provando sua total incapacidade de fazer drifts). No final da aula você faz uma descontração para que todo mundo falasse um sentimento(e assim você recebesse um feedback da turma) e vem o Fdp, com o rosto mais sacana que seus diversos queixos permitiam e diz sentir indiferença e que acha sua descontração sem sentido.
Isso é bulling(ou como chamaria um advogado que tentasse ganhar algum dinheiro, assédio moral). Depois de fazer algo assim eu irei pro inferno. Ou não já que eu fiz sem querer. Talvez eu receba o perdão divino, ou então eu seja condenado ao poço obscuro.
Ou o que é mais provável que isso tudo, irei perder um período…
Fat's Memories 